Museu de Artes e Ofícios

Como morei no centro de BH nos meus tempos de estudante de engenharia (1971-1976), conheço bem a região toda. Mas é conhecer de ter andado a pé por lá, ter rodado bem, faziamos tudo a pé. Ônibus inter-bairros não existiam na época, com raras exceções como o Sion-Floresta, que subia a rua da Bahia. A outra opção eram os táxis, que estudante nem sempre podia se dar ao luxo de encarar. Continuo sendo atraído pelo centro da cidade, gosto de rodar por lá, tomar um café, rodar na Galeria Ouvidor. Ver os personagens de rua, cada vez mais numerosos. Rever os cafés (Pérola por exemplo), as lojas de roupas que ainda estão por lá.

E mantenho atualizada uma lista de novas visitas a fazer no centro, que vou esgotando aos poucos. Mas é lista sem fim, pois sempre tem novidade a conhecer. Ontem foi o dia do Museu de Artes e Ofícios. Já estava na lista há muito tempo, fui adiando a visita. Fica localizado na Praça Rui Barbosa, que é a própria Praça da Estação, como é mais conhecida. O Museu fica no lindo prédio antigo da estação, todo restaurado e muito bem conservado.

Ficamos um bom tempo rodando por lá. Aproveitamos um guia que estava apresentando o museu para um grupo de estudantes de sétima série, e fomos ouvindo as explicações. Aprendemos muito. Estão representados muitos ofícios antigos e suas ferramentas. Uma seção dedicada a cada ofício. Tropeiros, canoeiros, caçador, dentista, ourives, alambique, botica, boteco, serralheiro, marceneiro, etc. Carro de boi, canoa cavada em tronco de árvore, sela de mula, bruaca. Todos os equipamentos da época utilizados pelos artesãos, as ferramentas mais comuns. Todas muito bem conservadas, tudo muito limpo e com manutenção perfeita. Tudo funciona perfeitamente bem, muita informação disponível. O local é muito bonito, e as linhas do metrô de BH ficam na parte central do museu, que ocupa os dois lados das linhas. Ainda tem essa diversão, ver a movimentação dos trens e das pessoas.

Saindo de lá, atravessamos a Andradas e fomos para o inicio da avenida Santos Dumont, que fica logo ali. Para terminar a visita na padaria e confeitaria Belopães, no número 193, o café é muito bom, as opções são de perder de vista. Saimos dali e passamos na Bagueteria Francesa, que fica do lado no número 201. Dizem que é a melhor baguete de BH, eu já acho que é a melhor do mundo. Não percam essa dica, não deixem de comprar a baguete, deliciosa. Recomendo também o pão sovado, que me remete à minha infância lá em Visconde do Rio Branco.

Animem ai, é tudo logo ali, acesso fácil e tranquilo. Vale demais o passeio!

(este artigo foi escrito por zeluisbraga, e postado no meu blog zeluisbraga . wordpress . com) (this post is authored by zeluisbraga, published on zeluisbraga . wordpress . com) (from Belo Horizonte, MG(Estou no GoodReads)

Consultor Independente, Treinamento Empresarial, Gerência de Projetos, Engenharia de Requisitos de Software, Inovação. Professor Titular Aposentado, Departamento de Informática, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Doutor em Informática, PUC-Rio, 1990. Pós-Doutoramento, University of Florida, 1998-1999

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Publicado em Crônica, Dicas, Social

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