Leituras I

Estou fazendo testes com geração de textos usando o Bard, que é o agente inteligente (LLM-Large Language Model) do Google. Vou postar algumas coisas aqui, mesclando o texto gerado pelo Bard (em itálico) com texto de minha autoria (texto normal). Entrei no prompt do Bard com “escreva sobre o tema hábito de leitura”, segue o texto mesclado.

Hábito de leitura: importância e como criar

A leitura é uma atividade essencial para o desenvolvimento intelectual e pessoal. Ela nos permite aprender sobre o mundo ao nosso redor, ampliar nossos conhecimentos, desenvolver a criatividade e a imaginação, além de nos proporcionar prazer e entretenimento.

O hábito de leitura é uma prática que deve ser cultivada desde a infância. Crianças que são estimuladas a ler desde cedo têm mais chances de se tornarem adultos leitores. Eu sou um leitor regular desde a infância, quando aprendi a ler. Nasci em 1951, só tínhamos o rádio, o cinema (mesma fita a semana toda), as leituras (gibi e livros com baixa disponibilidade) e as brincadeiras de rua. Incentivado por meus pais e também pelo meu avô Gastão (materno), desenvolvi o gosto pela leitura e pelos livros. Claro, tinha minha caixa de gibis, ouvia muito rádio, mas lia demais. De tudo que me aparecia pela frente.

Funcionava, e ainda funciona, como um refúgio da realidade, um transporte ao mundo dos sonhos, do possível e do impossível. Já fui Tarzan, Mandrake, Fantasma, Cavaleiro Negro, Jerônimo o Herói do Sertão, e vários outros. Aprendi quem eram Machado de Assis, Eça de Queirós, José de Alencar, Ernest Hemingway, Joaquim Nabuco, e vários outros, disponíveis na biblioteca do meu avô. Não me atrevia a ler esses autores, até que tentei, mas ainda não tinha competência para esse nível de leitura. Ficava mesmo nos específicos para a idade, como Monteiro Lobato (muitos), Contos da Carochinha (que minha mãe lia para nós). Mais tarde, A Ilha do Tesouro que povoou minha imaginação por muito tempo. No início da adolescência li Alexandre Dumas, e reli várias vezes. Principalmente Os Três Mosqueteiros, O Conde de Monte Cristo, O Máscara de Ferro, que também foram lançados nas telas do cinema.

Muitos desses livros eu reli, ou li, recentemente, já aposentado e com muito tempo disponível. De vez em quando, me lembro de algum título e autor, e vou procurar. Alguns já fazem parte do acervo liberado nacional, como é o caso de Machado de Assis. Recentemente reli A Ilha do Tesouro, e me emocionei novamente com a enorme aventura escondida no livro. Não tenho uma preferência por gênero ou autor, leio de tudo que me aparece. Depende muito do meu momento de amadurecimento, do humor, das atividades diárias, do governo de plantão no país, das ocorrências nesse nosso mundo louco. Livros me ajudam a crescer intelectualmente e a me posicionar melhor com relação ao mundo e seus acontecimentos. Eu me nego a ser um espectador passivo, apenas vendo e sabendo dos acontecimentos sem um melhor entendimento do contexto, das influências, das variáveis em jogo, etc.

Para criar o hábito de leitura, é importante encontrar um momento do dia em que você possa se dedicar à leitura sem interrupções. Também é importante escolher livros que sejam de seu interesse. Se você não gosta de um livro, não force a leitura. Procure outro livro que seja mais atrativo para você.

Aqui estão algumas dicas para criar o hábito de leitura: –Reserve um tempo específico para a leitura todos os dias. Pode ser meia hora antes de dormir, por exemplo. –Escolha livros que sejam de seu interesse. Se você gosta de ficção, leia romances, contos ou poemas. Se você gosta de não ficção, leia livros sobre história, ciência, política ou qualquer outro assunto que lhe interesse. –Comece com livros curtos e fáceis de ler. Conforme você for se acostumando com a leitura, você poderá avançar para livros mais longos e complexos. –Procure um clube do livro ou uma biblioteca perto de sua casa. Esses espaços são ótimos para encontrar novos livros e conversar com outras pessoas que gostam de ler.

Particularmente sobre a última dica, muito boa mas difícil de implementar. Bibliotecas são cada vez mais raras, principalmente no Brasil. Clubes do livro, ou modernamente redes sociais de leitores, até que não, e ajudam muito. Por exemplo, já utilizei o Skoob, que é muito bom e recomendo. Atualmente uso muito o GoodReads, que é ligado à Amazon onde compro a maioria dos meus livros que leio no Amazon Kindle. Funciona como uma rede social de leitores (de qualquer país e em qualquer língua), e nessa rede vão surgindo dicas de leituras, análise de livros, e muitos grupos de interesse. Boa parte dos bons livros que leio atualmente, saem de recomendações que encontro no GoodReads. Recomendo demais, indispensável.

Benefícios da leitura

A leitura oferece diversos benefícios para a saúde física e mental. Alguns dos principais benefícios da leitura são: -Melhora da compreensão e da interpretação de texto. -Ampliação do vocabulário. -Desenvolvimento da imaginação e da criatividade. -Aumento do conhecimento sobre o mundo ao redor. -Melhora da concentração e da atenção. -Redução do estresse e da ansiedade. -Promoção do bem-estar psicológico.

Gostei da produção do texto em parceria com o Bard. O texto gerado pela ferramenta serviu de guia para criar meu próprio texto e inserir minhas ideias. Não ficou ruim, e vou repetir para alguns temas que quero explorar aqui no blog. Espero que gostem! Vou aperfeiçoando com o tempo.

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Tomorrow, and tomorrow, and tomorrow…

Gabrielle Zevin. Tomorrow, and tomorrow, and tomorrow: a novel. Random House, 2022 (NYT Best Seller)

Fascinante, do começo ao fim. É um romance, um entrelace de amor ambientado nos tempos atuais, amores mais modernos. É também sobre videogames, processo criativo, de onde vêm as ideias e os personagens principais, ambiente do jogo, morte, ressuscitação com volta ao começo do jogo. É também transcendental e metaverso, o romance se mistura com videogames de maneira inteligente, faz o leitor ser transportado para o jogo. É também uma história de gestão de empresas, embora de maneira bem superficial. É longo, mas envolvente, bem escrito e estruturado.

Bateu na minha cabeça o porque do título: Tomorrow, and tomorrow, and tomorrow. A autora dá a dica em algum ponto do livro. Vem de um solilóquio ou monólogo na peça Macbeth de Shakespeare, fala do rei, quando recebe a notícia da morte da rainha. O trecho é lindo, como de resto o restante da obra Macbeth (Hamlet etc. também), transcrevo a tradução: “Ela teria de morrer, mais cedo ou mais tarde. Morta. Mais tarde haveria um tempo para essa palavra. Amanhã, e amanhã, e ainda outro amanhã arrastam-se nessa passada trivial do dia para a noite, da noite para o dia, até a última sílaba do registro dos tempos. E todos os nossos ontens não fizeram mais que iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte. Apaga-te, apaga-te, chama breve! A vida não passa de uma sombra que caminha, um pobre ator que se pavoneia e se aflige sobre o palco – faz isso por uma hora e, depois, não se escuta mais sua voz. É uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria e vazia de significado.” ― William Shakespeare, Macbeth (extraído de Quotes, na página dedicada a Shakespeare no GoodReads, https://www.goodreads.com/author/show/947.William_Shakespeare)

Agora, o grande mistério: qual a relação entre o solilóquio e o livro, e os videogames? Está lá no livro, bem claro, não vou introduzir spoiler, melhor lerem o livro e se encantarem com ele.

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Feliz Ano Novo – 2024

Para a minha geração, nascida a partir da segunda guerra mundial, chamada também de babyboomers (e em extinção lenta), já estamos por aqui há muito tempo. Já vimos muita coisa boa, muita coisa ruim, e continuamos no mesmo batido, alternando bom com ruim (do nosso ponto de vista). Meu caso particular, nascido em 1951, já se foram 73 anos (completo este ano)! É muita raça de tempo passado, bem vivido no meu caso.

A cada início de um novo ano, fico procurando inspiração para escrever uma postagem (crônica), para poder trazer uma boa mensagem aqui no blog para meus escassos leitores. A inspiração sempre aparece nos momentos inesperados. É aquela história da inspiração, ela passa na nossa cara o tempo todo, mas temos que estar preparados para enxergá-la. Desta vez, veio numa newsletter que assino, muito boa e inspiradora, a Non-Obvious produzida pelo Rohit Barghava. Transcrevo o trecho a seguir, que apareceu na newsletter de 4 de janeiro de 2024: “My “resolution” today isn’t to shape a new habit or make a big pivot. Instead I want to remember to keep doing the things that are working and that bring me joy. Things like writing this email and connnecting with you.”

Falou tudo, e foi a melhor inspiração para começar 2024. De minha parte, comecei o ano com duas excelentes leituras: -Project Hail Mary (Andy Weir), ficção científica excelente e que me trouxe desafios intelectuais para ler e entender; -A livreira de Paris (Kerri Maher), sobre a famosa livraria Shakespeare and Company que marcou a vida intelectual de Paris de 1919 a 1941. Leituras marcantes, que me abriram a cortina do 2024. Os hábitos que pretendo manter: muitas leituras, escrever resenhas no GoodReads, escrever aqui no blog, meditação diária no fim da madrugada de cada dia (e no final do dia também), exercícios físicos na academia todos os dias da semana (só aposentado faz isso), viagens mesmo que curtas, manter a ligação forte com os amigos e irmãos (biológicos e de vida), muita música como sempre foi e como estou ouvindo neste momento em que escrevo, foco no presente (sempre). O restante são hábitos consequências dos acima, e que mantenho regularmente.

Não há necessidade de grandes promessas ou grandes planos de mudar demais de vida. Não dá certo, e a gente desanima. A vida é um processo que roda continuamente desde o nascimento, cheio de pontos de decisão no meio do caminho. O melhor que conseguimos fazer é nos prepararmos para os desafios de cada minuto, cada hora e cada dia. Um de cada vez, sem estresse e sem ansiedade (o novo mal do século). Lembrando que nada muda sozinho, cabe a cada um de nós direcionar o fluxo da vida que desejamos ter.

Feliz 2024, e vamos em frente!

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Fantasma…

Juro que aqui na nossa casa em BH, tem um fantasma. Que mora aqui há muito tempo, e só fica rondando e avaliando o ambiente. Basta a gente chegar aqui, abrir a porta de entrada, e lá vem ele inventar problemas para esquentar minha cabeça.

Desta vez, foi um pequeno vazamento na pia da suite. Sifão quebrado, tivemos que trocar por um daqueles de PVC de 8 roias. Resolvemos o problema, mas comeu um dia da nossa estada aqui. E a lista é longa: vazamentos em registros de água (esse é tão comum que já tenho um estoque de anéis de silicone para troca, só que não me meto a fazer isso, as consequências de uma errada são catatróficas); troca do sifão do tanque da área de serviço (deu um trabalhão); troca do sifão da pia da cozinha; filtro de água com carcaça ressecada, vazou água demais até descobrirmos que tinha uma trinca na carcaça; válvula de descarga com problemas, trocamos todas elas (esse é complicado, tem que fechar a água do prédio, aqui é prumada geral, sem registro nas unidades); troca de chuveiro com carcaça ressecada; troca de chuveiro porque o bombeiro deixou o anel redutor na entrada de água, funcionou no primeiro dia, depois não funcionou mais; expansão de raiz de bouganville da floreira do andar de cima para dentro da prumada de água de chuva, entupiu e ficou anos entupido, deu um trabalhão resolver (uma catástrofe no prédio, as raizes podem se expandir afetando todos os apartamentos abaixo), encharcou a sala daqui de casa várias vezes, qualquer chuva causava problemas. Muitas noites sem dormir e dias sem poder sair de casa.

Acho que já posso parar por aqui, já viram que o nosso fantasma é danado e não tem muita amizade comigo. Também acho que todo apartamento de mais “idade”, 35 anos acima como é nosso caso, vai ter um fantasma residente que vai aos poucos causando os mesmos problemas, ou piores. O que me consola é que já trocamos tudo por aqui, não tem mais onde dar problema. Espero que nosso fantasma nos deixe sossegado por uns tempos, até reiniciar o novo ciclo de problemas. Que vão ser os mesmos, imprevisíveis.

Conhecem algum fantasma desse tipo? Se quiserem conhecer, podem vir aqui levar o nosso emprestado. Será um prazer ajudar…

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Febeapá…

Terminei há duas semanas a leitura do excelente livro Os sabiás da crônica, uma antologia organizada por Augusto Massi. Excelente, já deixo aqui uma boa dica de leitura. Como não poderia deixar de ser, Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta e autor da série de livros Febeapá, muito lidos, citados, elogiados, engraçados, é um dos cronistas abordados. Lendo e relendo as crônicas do Sérgio Porto, fui reler o volume do Febeapá que temos aqui em casa, o Febeapá 3, terceiro da série.

O nome completo da série é Febeapá: festival de besteiras que assola o país (o que eu reli é o terceiro livro da série, publicado em 1976). Como é característica das crônicas, fatos e ocorrências diários, da política, da vida social são descritos em textos curtos, com a visão do autor. O interessante é a atualidade de algumas delas, incrível como as coisas se repetem em maior ou menor grau. Um caso engraçado relatado no início do livro ilustra o estilo, PREVIDÊNCIA E PREVISÃO O Instituto Nacional de Previdência Social entra de sola no volume 3 do Festival de Besteira que assola o país. Isto porque baixou uma circular prevendo o seguinte: se o senhor é segurado do INPS, não tem certidão de casamento, mas necessita de maternidade para sua mulher ter filho, terá que fazer o pedido com 300 dias de antecedência, conforme o regulamento previdênciário. Mas como o período de gestação é de apenas 270 dias – o que dá nove meses – o senhor deve dar uma passadinha lá no INPS 30 dias antes de pensar em fazer qualquer coisa.” (Febeapá 3, Editora Civilização Brasileira, 4.ed., 1976, página 7).

O mais engraçado é que uma boa parte das crônicas se aplicam totalmente aos nossos dias atuais. São casos e histórias que vêm e vão, com regularidade e obedecendo a um ciclo fora de nosso controle. Vira e mexe, uma besteira reaparece para assombrar nosso país. Uma leitura boa para a memória e para nos deixar vacinados sobre o besteirol que continua assolando nosso mundo (não apenas nosso país).

Augusto Massi. Os sabiás da crônica (antologia). Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2021

Stanislaw Ponte Preta. Febeapá 3: 3o. festival de besteiras que assola o país. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, 1976

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Embarques e desembarques

Há umas duas semanas, um amigo que estava em viagem pela Europa, me enviou um zapzap, reclamando que ficou 27 minutos na fila de desembarque aqui no Brasil. Até então, não tinha reclamado de nada disso, só fotos de bons momentos. Em sua homenagem, vamos aos embarques e desembarques. Você vai perceber que, apesar de seu cansaço da viagem longa, esse tempo de 27 minutos está bom até demais.

Imediatamente minha memória me retornou os resultados das buscas sobre nossos últimos perrengues em viagens internacionais. Claro, sem eu fazer esforço nenhum para que isso acontecesse, é tudo associativo. Aeroporto de Lisboa, abril de 2022, mais de quatro horas na fila de chegada, para passar no controle de passaportes. Fila quilométrica, lenta, todo mundo cansado e ansioso, alguns com risco de perder conexões (alguns perderam). Pior ainda, a burocracia é exemplar. No horário de troca de turno dos agentes, param todos os guichês de atendimento, saem todos, e daí a uns 15 minutos, os atendentes do novo turno ocupam seus lugares e a fila volta a andar. Aeroporto de Estocolmo, abril de 2023, duas horas na fila de chegada (se é que aquilo poderia ser chamado de fila, uma zona) em um espaço exíguo. Apenas dois guichês funcionando, resultado: perdemos a conexão para nosso destino, só fomos embarcar à noite (eram 10 da manhã quando conseguimos finalmente passar pelo guichê), oito horas de chá de aeroporto! Ganhamos voucher para usar o lounge da SAS como compensação. Melhorou um pouco, mas oito horas é muito tempo.

Vez por outra o vôo adianta ou atrasa, o que nos permite entrar numa fila quase vazia, com menos de 100 pessoas. Normalmente, as chegadas nos EUA são melhores, a disponibilidade de guichês de atendimento é muito grande, com alocação dinâmica. Quando percebem que a fila está muito grande, abrem novos guichês e aceleram o processo. E não tem essa história de mudança de turno como aconteceu em Lisboa. As trocas são imperceptíveis, as filas continuam no ritmo normal. Pode até demorar, mas é tranquilo. E tenho que elogiar Guarulhos, as filas andam rápido, muitos agentes disponíveis.

Para mim, os embarques são sempre piores. Principalmente para vôos internacionais. Em qualquer companhia aérea, sem exceção. Claro, para quem vai viajar da metade da aeronave para o fundo! As companhias aéreas tentam de tudo, tenho acompanhado os estudos e tentativas de melhorar essa péssima experiência para o passageiro. Teoria das filas explica muito bem a questão: o sistema é baseado em gargalo enorme na entrada, apenas uma (máximo duas) estação de checkin na aeronove, e todo mundo vai para o mesmo lugar. E ainda tem mais um problema enorme: passageiros espaçosos, que extrapolam os limites de bagagem para a cabine de vôo. Levam bolsa, mala de bordo e mochila. Apesar de a regra ser clara, apenas uma bagagem de mão por passageiro pode ir no bagageiro. Mochila adicional deve ser acomodada debaixo da poltrona da frente. Resultado: os últimos na fila de embarque não encontram espaço nos bagageiros para sua bagagem de bordo, porque ninguém respeita nada. Com um agravante de as companhias aéreas fazerem vista grossa na entrada da aeronave, esse problema poderia ser facilmente resolvido, aplicando a regra de uma bagagem de bordo por passageiro. Simples demais, é inacreditável como não funciona!

Mas é tudo inevitável, infelizmente. Faz parte da péssima experiência de viajar para outros cantos, em que o meio de transporte obrigatório seja o avião. O passageiro esperto tem que se adaptar, e nós tentamos fazer isso. Fundamental uma dose enorme de bom humor no dia da viagem. Bagagem de bordo pequena, que caiba em qualquer canto e possa ser acomodada debaixo da poltrona da frente se for necessário. Meditação, muita meditação, no dia de viajar. Alimentação restrita de preferência, evitando o jantar de bordo. Eu só como os acompanhamentos, levo barrinha de cereal para quebrar o galho. Lembrei de que somos idosos, temos um privilégio adicional na fila de entrada aqui no Brasil. Lá fora não existe isso, a regra é outra, é por necessidades especiais. Mais que isso, impossível prever, fica por conta das incertezas da vida.

Exceto, é claro, se tivermos à nossa disposição os aviões da FAB. Ou jatinhos privados, privilégio para poucos. O resto vai na galera mesmo, do meio para o fundo da aeronave…

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Fluzão!

Vai ser revelado um segredo que poucos conhecem: sim, é isso mesmo, sou torcedor do Fluzão! Nada de excessos, torço e vejo alguns jogos eventualmente. Ganha, perde, ganha, perde, fica sem jogador bom, aparece jogador bom, e vamos dando cabeçada.

Não me lembro qual foi a influência que recebi, para escolher o Fluminense como meu time preferido. Meu pai era torcedor do Botafogo, e é mais ou menos esperado que um ou outro filho siga no mesmo rumo. Talvez tenha sido meu avô materno. Desde quando eu consigo me lembrar, o time é o Fluminense, e isso começou há pelo menos 65 anos. Sem influência da internet (claro, não existia), do telefone (eram raros), dos jornais (eu não sabia ler ainda) em que as notícias novas eram dos dias anteriores. Certamente com influência do rádio, que era nosso meio de informação mais moderno.

Passava as tardes de sábado ou domingo com o ouvido pregado em algum rádio. Quando não era na vitrola Phillips que ocupava um bom espaço na sala de casa, era em algum rádio de pilha com ondas curtas que sintonizasse as rádios do Rio de Janeiro. Na época era fácil sintonizar, não tinha influência de motor de garagem, lâmpada fluorescente, ondas curtas de forno de microondas, interfone, etc. Dia de FlaFlu era sagrado, desde cedo já ficava esperando o horário do jogo. É dessa época que vem meu costume de ouvir rádio, que não larguei até hoje. Só compro telefone celular que tenha o chip de rádio nativo (só wifi não serve).

Meus times de botão, diversão padrão da garotada na época, jogo de botões na varanda das casas dos colegas de escola, eram todos formados por jogadores do Fluminense. Castilho, Jair Marinho, Altair, Maurinho, Waldo, Telê, e outros. Castilho era a lenda no gol, jogou até cair de velho. No meu caso, o Castilho do meu time de botões era uma caixa de fósforos Fiat cheia de pedaços de chumbo que era usado para isolar as rolhas das garrafas de vinho. Goleiraço, não caía nem com as maiores cacetadas… Falando de goleiros, quem não se lembra do Manga do Botafogo?

Ontem, 4 de novembro, tive a alegria de ver nosso Fluzão ganhar a Libertadores, vencendo o Boca Juniors por 2×1. Feito inédito na história do clube, vai com destaque para os livros de memória. Como sempre estamos nos altos e baixos, imagino que outra dessa só vou conseguir ter o prazer de ver no além…

Foi muita alegria, mesmo sendo um torcedor mais comedido. Valeu, Fluzão!

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Na estrada…

Na estrada, para nós, significa Viçosa-BH-Viçosa… Pelo menos uma vez por mês, temos que ir a BH. Não precisa ter motivo nenhum, apenas vamos, ficamos uma semana ou mais ou menos, e voltamos para Viçosa. Desde o tempo em que éramos estudantes em BH que é assim, no mesmo trajeto, pelo menos uma vez por mês percorrendo os 220km para lá e para cá. Não vou nem fazer contas de quilometragem, daria um número enorme.

O que antes era um prazer, estrada mais segura, menos carros circulando, transformou-se numa decisão ou escolha que, se não contarmos com alguma sorte, pode ser uma viagem cansativa, perigosa e muitas vezes gastando o dobro do tempo que seria normal. Ou até tendo que retornar à origem devido a algum bloqueio por acidente grave.

Como aposentados, podemos escolher o horário da viagem com tranquilidade. Qualquer horário. E procuramos sempre os finais de semana, de preferência domingo bem cedo, nos dois sentidos. O risco é bem baixo, raramente a gente vê algum acidente. Maior parte do movimento é da turma da bicicleta saindo de BH, todo mundo com uma pressa enorme de chegar no ponto de largada e colocar as magrelas para os desafios do dia. O mais seguro é deixar essa turma ir embora. Mais perto das cidades, aparece aquele movimento da turma que vai para as missas e cultos, todo mundo usando roupa de domingo. Turma mais tranquila, vão devagar até demais, tranquilos para o inicio do domingo. Ou então a turma dos almoços de domingo, na casa da sogra, do pai, dos amigos. Raramente pegamos esse movimento, que fica mais intenso mais perto de 11 horas em diante.

A primeira decisão, antes da viagem, é qual trajeto vamos escolher. Viçosa-BH tem dois trajetos principais: BR040 até Conselheiro Lafaiete, Itaverava, Piranga, Porto Firme e Viçosa. Ou então BR040, Ouro Preto, Ponte Nova, Viçosa. A distância é mais ou menos a mesma. A decisão é tomada depois de uma consulta ao Waze, para vermos se tem algum bloqueio já conhecido. Ou então acessando o sitio web da Via040, que tem a concessão do trecho. Não tendo impeditivo, escolhemos sempre o caminho de Lafaiete, mais tranquilo, flui mais, embora tenha os riscos da BR040 por mais tempo. A outra opção, por Ouro Preto, é garantia de 5 horas de viagem lenta e perigosa, motoristas sem paciência fazendo ultrapassagens impensáveis, para rodar 220km. Muitos caminhões de minério que circulam por ali, piorou demais neste aspecto. Embora do ponto de vista de segurança, acesso a rede de telefonia celular, locais de parada, seja muito superior.

A viagem em si nunca é tranquila. Principalmente para mim, que adoro dirigir (SQN)! Gosto cada vez menos, muito tenso. Raramente a gente consegue fazer a viagem toda sem algum “quase” problema, acidente ou incidente. Eu dirijo em atenção máxima, nem o som do carro eu ligo. Fico de olho na estrada e nos três retrovisores, acontece de tudo. Um dia desses, estávamos já na região de Congonhas, naqueles quebra-molas. Eu de olho nos retrovisores, na pista da esquerda, passando por um quebra-molas, tinha um caminhão do lado direito. Até ai tranquilo. De repente me aparece um caminhão embalado a pouca distância do nosso carro, e eu tive o reflexo de puxar o nosso carro para a direita, dando caminho para o caminhão em cima do quebra-molas. Não deu outra, ele não parou, vazou por cima da lombada, e só freou dai em diante. Parece que não viu o aviso das lombadas, e só freou depois do arranco que tomou. Esse foi um “quase”, felizmente ficou só nisso. Tenho várias outras histórias do mesmo nível. Ultrapassagens perigosas, fora de propósito, irresponsáveis, a gente vê com muita frequência. Final da semana passada aconteceu uma dessas, feia demais, batida de frente de carro de passeio com caminhão. Vitimas fatais, uma criança foi embora, uma pena.

E as estradas? Péssimas, buracos, pedras, pedaços de ferro, de prego, de parafuso, pneus sofrem demais (já tivemos um pneu rasgado recentemente). Mas a praça de pedágio continua lá, firme e forte. Poderiam oferecer um serviço melhor? Claro que sim, pelo menos pista limpa e sem atropelos.

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Centro de BH: Mercado Central e Hotel Sulamérica

Como estudante em BH na década de 70, morando no centro como a maioria dos estudantes, é natural que me sinta muito à vontade por lá. Morava na rua Espírito Santo com rua dos Caetés, pegava o ônibus para a PUC Coração Eucarístico na Av. Amazonas com Rua dos Tamoios (esse era o ponto mais recente antes de eu terminar meu curso).

No final do mês passado (setembro), estávamos em BH com agenda liberada, e fomos rever parte da maravilha que é o centro de BH. Quero dizer parte do centro de BH, porque o centro é enorme. Fomos direto ao Mercado Central, entrando pela av. Augusto de Lima. Muito tempo que não íamos lá, e adoramos mais uma vez. Sempre cheio e muito bem organizado, leva um tempão para visitar tudo. Tem que ser por partes, acredito que lá pela quinta visita (?) teremos visto tudo. Tem diversão para todo mundo: lembranças, doces, queijos aos montes, hortifrutigranjeiros, pássaros, cachaçarias (uma delas produz e vende lá o excelente uísque Lamas), restaurantes, lanchonetes, produtos para a turma das academias de ginástica, produtos naturais, e um monte de botecos. Botecos são um caso à parte, teria que gastar uma postagem inteira só falando deles. Tentadores, um convite a parar a visita e ficar por ali tomando uma (no bom sentido) de leve e investindo nos tira-gostos.

Não me lembro quanto tempo ficamos por lá, certamente umas duas horas, tempo suficiente para rodar umas duas vezes a “rua” mais externa do mercado. Com algumas passadas por uma ou duas ruas mais próximas do centro (vejam a figura que ilustra a postagem). Rodamos até ficar com o passo lento, e a fome apertando, já era próximo de meio-dia. Resolvemos completar o passeio pelo centro, indo almoçar no Sulamérica Palace Hotel, que fica na av. Amazonas, mais perto da praça Rui Barbosa (praça da Estação como é mais conhecida). É até perto do mercado, daria para ir a pé tranquilamente. Mas, com o calor do meio-dia, encaramos um táxi mesmo.

Tinhamos visto uma reportagem em um site sobre BH, sobre o hotel repaginado, e principalmente sobre o restaurante do hotel. Isso explica a nossa escolha. Valeu a ida, a parte interna do hotel é muito bonita, o salão majestoso, bem preservado. A gente volta no tempo um pouco, na época áurea dos hotéis do centro de BH. O restaurante é o Alho e Sal, comida boa, quentinha, variada e caseira (sem contar o preço, agrada bem!). Servem também café da manhã, em breve vamos lá testar. O almoço valeu demais, tanto pelo ambiente quanto pela comida.

Fomos terminar o passeio, como não poderia deixar de ser, na Bagueteria Francesa, ali do lado, no inicio da av. Santos Dumont. É indesculpável chegar tão perto da bagueteria e não ir lá comprar as baguetes e o pão sovado (meu preferido). Coisa de mineiro, claro!

Obs.: o mapa das lojas que está no topo de postagem não está muito bom. Visitem os links que deixei na postagem, para verem o mapa com links para as lojas.

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Museu de Artes e Ofícios

Como morei no centro de BH nos meus tempos de estudante de engenharia (1971-1976), conheço bem a região toda. Mas é conhecer de ter andado a pé por lá, ter rodado bem, faziamos tudo a pé. Ônibus inter-bairros não existiam na época, com raras exceções como o Sion-Floresta, que subia a rua da Bahia. A outra opção eram os táxis, que estudante nem sempre podia se dar ao luxo de encarar. Continuo sendo atraído pelo centro da cidade, gosto de rodar por lá, tomar um café, rodar na Galeria Ouvidor. Ver os personagens de rua, cada vez mais numerosos. Rever os cafés (Pérola por exemplo), as lojas de roupas que ainda estão por lá.

E mantenho atualizada uma lista de novas visitas a fazer no centro, que vou esgotando aos poucos. Mas é lista sem fim, pois sempre tem novidade a conhecer. Ontem foi o dia do Museu de Artes e Ofícios. Já estava na lista há muito tempo, fui adiando a visita. Fica localizado na Praça Rui Barbosa, que é a própria Praça da Estação, como é mais conhecida. O Museu fica no lindo prédio antigo da estação, todo restaurado e muito bem conservado.

Ficamos um bom tempo rodando por lá. Aproveitamos um guia que estava apresentando o museu para um grupo de estudantes de sétima série, e fomos ouvindo as explicações. Aprendemos muito. Estão representados muitos ofícios antigos e suas ferramentas. Uma seção dedicada a cada ofício. Tropeiros, canoeiros, caçador, dentista, ourives, alambique, botica, boteco, serralheiro, marceneiro, etc. Carro de boi, canoa cavada em tronco de árvore, sela de mula, bruaca. Todos os equipamentos da época utilizados pelos artesãos, as ferramentas mais comuns. Todas muito bem conservadas, tudo muito limpo e com manutenção perfeita. Tudo funciona perfeitamente bem, muita informação disponível. O local é muito bonito, e as linhas do metrô de BH ficam na parte central do museu, que ocupa os dois lados das linhas. Ainda tem essa diversão, ver a movimentação dos trens e das pessoas.

Saindo de lá, atravessamos a Andradas e fomos para o inicio da avenida Santos Dumont, que fica logo ali. Para terminar a visita na padaria e confeitaria Belopães, no número 193, o café é muito bom, as opções são de perder de vista. Saimos dali e passamos na Bagueteria Francesa, que fica do lado no número 201. Dizem que é a melhor baguete de BH, eu já acho que é a melhor do mundo. Não percam essa dica, não deixem de comprar a baguete, deliciosa. Recomendo também o pão sovado, que me remete à minha infância lá em Visconde do Rio Branco.

Animem ai, é tudo logo ali, acesso fácil e tranquilo. Vale demais o passeio!

(este artigo foi escrito por zeluisbraga, e postado no meu blog zeluisbraga . wordpress . com) (this post is authored by zeluisbraga, published on zeluisbraga . wordpress . com) (from Belo Horizonte, MG(Estou no GoodReads)

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