Fluzão!

Vai ser revelado um segredo que poucos conhecem: sim, é isso mesmo, sou torcedor do Fluzão! Nada de excessos, torço e vejo alguns jogos eventualmente. Ganha, perde, ganha, perde, fica sem jogador bom, aparece jogador bom, e vamos dando cabeçada.

Não me lembro qual foi a influência que recebi, para escolher o Fluminense como meu time preferido. Meu pai era torcedor do Botafogo, e é mais ou menos esperado que um ou outro filho siga no mesmo rumo. Talvez tenha sido meu avô materno. Desde quando eu consigo me lembrar, o time é o Fluminense, e isso começou há pelo menos 65 anos. Sem influência da internet (claro, não existia), do telefone (eram raros), dos jornais (eu não sabia ler ainda) em que as notícias novas eram dos dias anteriores. Certamente com influência do rádio, que era nosso meio de informação mais moderno.

Passava as tardes de sábado ou domingo com o ouvido pregado em algum rádio. Quando não era na vitrola Phillips que ocupava um bom espaço na sala de casa, era em algum rádio de pilha com ondas curtas que sintonizasse as rádios do Rio de Janeiro. Na época era fácil sintonizar, não tinha influência de motor de garagem, lâmpada fluorescente, ondas curtas de forno de microondas, interfone, etc. Dia de FlaFlu era sagrado, desde cedo já ficava esperando o horário do jogo. É dessa época que vem meu costume de ouvir rádio, que não larguei até hoje. Só compro telefone celular que tenha o chip de rádio nativo (só wifi não serve).

Meus times de botão, diversão padrão da garotada na época, jogo de botões na varanda das casas dos colegas de escola, eram todos formados por jogadores do Fluminense. Castilho, Jair Marinho, Altair, Maurinho, Waldo, Telê, e outros. Castilho era a lenda no gol, jogou até cair de velho. No meu caso, o Castilho do meu time de botões era uma caixa de fósforos Fiat cheia de pedaços de chumbo que era usado para isolar as rolhas das garrafas de vinho. Goleiraço, não caía nem com as maiores cacetadas… Falando de goleiros, quem não se lembra do Manga do Botafogo?

Ontem, 4 de novembro, tive a alegria de ver nosso Fluzão ganhar a Libertadores, vencendo o Boca Juniors por 2×1. Feito inédito na história do clube, vai com destaque para os livros de memória. Como sempre estamos nos altos e baixos, imagino que outra dessa só vou conseguir ter o prazer de ver no além…

Foi muita alegria, mesmo sendo um torcedor mais comedido. Valeu, Fluzão!

(este artigo foi escrito por zeluisbraga, e postado no meu blog zeluisbraga . wordpress . com) (this post is authored by zeluisbraga, published on zeluisbraga . wordpress . com) (from Viçosa, MG(Estou no GoodReads)

Consultor Independente, Treinamento Empresarial, Gerência de Projetos, Engenharia de Requisitos de Software, Inovação. Professor Titular Aposentado, Departamento de Informática, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Doutor em Informática, PUC-Rio, 1990. Pós-Doutoramento, University of Florida, 1998-1999

Publicado em Crônica, Reflexões, Social

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