New York City, NY

Assim que me aposentei neste ano de 2013, já estava programada uma “viagem de aposentadoria”, para ficar muito tempo, desestressar e poder começar vida nova na volta ao Brasil. Por vários motivos, dentre eles a nossa enorme vontade e curiosidade de conhecer New York, a capital do mundo, lá fomos nós para uma fugida de 51 dias. Aliás, depois de termos morado um ano em Gainesville, Florida, em 1998-1999 em licença sabática para meu pós-doutoramento, nossa única curiosidade de fato era mesmo NYC (talvez ainda San Francisco e Las Vegas).

Ficamos hospedados em Jersey City, no estado vizinho de New Jersey. A um passo de NYC via o metrô PATH (Port Authority Trans-Hudson Corporation), que em 15 minutos nos deixava em pontos estratégicos (passando por túnel abaixo do Rio Hudson): Christopher Street (West Village), depois 9thSt, 14thSt, 23rdSt e 33rdSt, todas as estações ao longo da 6thAvenue, exceto a Christopher. Jersey City merece alguns comentários. Espalhada, confortável, segura, tranquila demais, limpa, bem arborizada, com uma região lindissima na beira do rio Hudson, do outro lado fica NYC. Parte do setor financeiro de NYC se transferiu para a cidade, prédios imensos e muita estrutura na beira do Hudson, formando um distrito financeiro. Talvez por conta disso, Jersey City é lotada de excelentes restaurantes, pubs, boas lojas, vários shoppings como não poderia deixar de ser em uma cidade estadunidense de porte médio. Um trem urbano, o Light Rail,  corta a cidade, muito confortável e confiável, roda 24 horas religiosamente no horário. Cidade muito segura, saíamos para jantar a pé e voltávamos mais tarde para casa, sem o menor problema. Melhor, não é uma cidade cara, em relação aos preços exorbitantes que se paga aqui no Brasil por uma refeição em um restaurante médio. Aproveitei que estávamos no início da primavera, e acompanhei dia a dia o florescimento das árvores, uma coisa deslumbrante.

imagesBom, mas vamos para NYC, a capital do mundo. Ficamos restritos à ilha de Manhattan, não fomos para as demais regiões, exceto para embarque e desembarque no aeroporto JFK, que fica no Queens, e para chegar ou sair de lá rumo a Jersey City, a gente roda um bocado dentro de NYC. O primeiro impacto: a ilha é uma baba para andar, com uma manhã está tudo entendido, e dificilmente a gente se perde. No inicio, um mapa sempre quebra o galho (eu prefiro o mapa impresso aos mapas de smartphone, vai no bolso e não depende de wifi ou energia elétrica). A segurança nas ruas é fantástica, a sensação é de um conforto incrivel mas, claro, não pode dar bobeira como em lugar nenhum do mundo. Falar de NYC é chover no molhado, talvez seja a cidade mais comentada do mundo, tanto  ou mais que Paris e Londres. Então vão aqui apenas impressões pessoais nossas. Claro, é um paraíso para compras e o que mais se vê são montes de turistas enlouquecidos com os preços baixos em relação ao que temos aqui e em outros paises, todo mundo com um monte de sacolas nas mãos. Mas, como não somos consumidores malucos, só compramos o que é necessário, e fomos lá para conhecer a cidade, rodar, ver teatro, restaurantes, etc., esse assunto vai ficar fora da postagem.

Dos pontos que anotamos, merecem destaque: –Union Square com a sua feira de comidas típicas e mais um monte de eventos. A maior e mais antiga loja da livraria Barnes and Noble fica ai, quatro andares de enlouquecer qualquer um, não apenas pela variedade de assuntos, mas também pelos eventos, palestras e apresentações musicais que acontecem no quarto andar, dá para ficar muito tempo perdido por lá,  e eu não só fiz isso como também voltei várias vezes; –Katz´s Deli, um restaurante/sanduicheria que fica no Soho, parte velha de NYC, onde comemos um super-sanduba de pastrami feito lá mesmo, não tem como descrever, só indo lá provar; –Le Pain Quotidien, pães, geléias, saladas, café da manhã e comidas leves, um show, em vários pontos da cidade; –Central Park, obrigatório e que faz parte de qualquer passeio turístico na cidade, incluindo o Rockfeller Center  e a loja da Apple lotada; –MoMA, Museum of Modern Arts, um ambiente de artes e artistas,  muita novidade por lá; –Eataly, famoso restaurante/deli/bar/padaria italiano; -Times Square, que achei uma zona total, lotada sempre, dificil de andar, tem de tudo por lá. Mas tem que ser visitada, afinal ir a NYC e não passar por Times Square é um sacrilégio; -Broadway que é o distrito de teatros da cidade, teatros, cinemas e casas de shows a perder de vista, para todo gosto. Vimos finalmente o MammaMia, no Winter Garden Theatre que fica na Broadway, indescritivel, a gente sai levinho do teatro e com pena de a peça ter terminado; -restaurantes aos montes, podemos citar Olive Garden e Red Lobster conhecidissimos em NYC e no resto dos EUA, e de quebra também o Sardis, que é um restaurante antigo do distrito dos teatros. A pergunta fatal: é caro? não é não, a gente paga muito mais em um restaurante médio por aqui, para ter um serviço e uma comida equivalentes. Média de 60 dólares por um jantar para duas pessoas, com sobremesa (o Sardis é um pouco mais caro).

Bom, claro que não foi só isso, rodamos demais, a cidade é encantadora, é prá voltar mais vezes. Na nossa próxima ida, vamos gastar um bom tempo explorando o West Village, quero ver shows de bandas de jazz, conhecer pubs e restaurantes da região, que é fantástica. Falta ainda uma dica: leiam o VillageVoice, tem o jornal impresso gratuito e um site na web. Dicas e mais dicas sobre NYC e sobre o West Village, pode ser seguido no Twitter ou então diretamente no site deles. Peguei muitas dicas por lá. Enfim, devo ter me esquecido de falar muita coisa, mas acho que o que está ai na postagem é o que interessa mais. Vale a pena juntar uns trocados e ir dar uma volta por lá, não resta dúvida.

Atualização Julho e Novembro/2016

Mais uma vez, pudemos ir à encantadora NY. Forças renovadas, a cidade continua com o eterno charme de capital do mundo, cheia de gente de todo canto, ruas lotadas, restaurantes idem, mais cafés do que antes. Meu ponto preferido de chegada continua sendo a Union Square, é uma renovação toda vez que piso lá. Claro, mais uma ou mais voltas pela Barnes&Noble, StrandBooks, Le Pain Quotidién (da Broadway), feira de produtores da Union Square. O que encanta é a diversidade, tem de tudo, agrada a qualquer um. Como já disse na postagem original, meu prazer é a parte baixa de Manhattan, mais antiga e mais charmosa. Não sou muito chegado na parte alta, Central Park e adjacências, embora tenha passado por lá várias vezes.

Uma parte de Manhattan meio escondida dos turistas é a parte leste da cidade, depois da 5th Avenue. Não sei se já repararam, mas não existe a 4th Avenue! No seu lugar, três avenidas charmosas demais, a Madison, a Park e a Lexington, pouco conhecidas dos turistas. Só mesmo quem tem tempo para andar a vontade é que passa por lá, e se encanta, principalmente com a Park Avenue, onde fica localizada a Central Station de NY. Depois delas, rumo leste, ainda temos a 3rd, 2nd e 1st streets.

Enfim, conhecemos um pouco mais de Manhattan, e ainda falta muito para explorar. Tinha planos de pelo menos fazer um tour pelo Brooklyn, mas ainda não foi desta vez, ficou para a próxima. Mas temos tempo, e NY continua lá de braços abertos para o mundo.

(este artigo foi escrito por zeluisbraga, e postado no meu blog zeluisbraga . wordpress . com) (this post is authored by zeluisbraga, published on zeluisbraga . wordpress . com) (from Viçosa, MG)

Consultor Independente, Treinamento Empresarial, Gerência de Projetos, Engenharia de Requisitos de Software, Inovação. Professor Titular Aposentado, Departamento de Informática, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Doutor em Informática, PUC-Rio, 1990. Pós-Doutoramento, University of Florida, 1998-1999

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Um comentário em “New York City, NY
  1. railer disse:

    nyc é o que há… conheceu o high lines? incrível.

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